Kubitschek, Juscelino (1902-1976), presidente do Brasil (1956-1961), cujo nome completo é Juscelino Kubitschek de Oliveira, nasceu em Diamantina, Minas Gerais, e morreu em um acidente de automóvel, na via Dutra, perto da cidade de Resende, no estado do Rio de Janeiro.
Era filho de um caixeiro-viajante e de uma professora primária. Aos três anos ficou órfão de pai. Formou-se em Medicina (1927), que logo abandonou, para dedicar-se à vida política. Foi eleito deputado federal (1934), deputado constituinte (1946), governador de Minas Gerais (1950) e, finalmente, presidente da República, com o apoio de Partido Social Democrático (PSD) e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Foi eleito a partir de um discurso desenvolvimentista, cujo lema era “cinqüenta anos em cinco”.
Seu Plano Nacional de Desenvolvimento, o Plano de Metas, abrangia vários setores tais como energia, transporte, alimentação, educação, implantação de indústria automobilística, além de outros incentivos à industrialização.
Entre os empreendimentos do seu governo destacam-se: a construção das hidroelétricas de Furnas e de Três Marias, as rodovias Belém-Brasília e Brasília-Acre, a criação da Superintendência do desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a expansão da indústria naval, além da construção de Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960, para onde foi transferida a capital do país.
Todas essas iniciativas aumentaram consideravelmente a prosperidade econômica do país; no entanto deixaram um legado de inflação e dívida pública.
Foi sucedido por Jânio Quadros, em 1961, e eleito senador pelo estado de Goiás. Ao ter os direitos políticos cassados pelo Movimento militar de 1964, em junho desse mesmo ano, viveu exilado em Nova York e Paris.
De volta ao Brasil, voltou-se para a iniciativa privada e para a vida literária. Candidato à Academia Brasileira de Letras, foi vencido pelo escritor Bernardo Ellis. Publicou: Meu caminho para Brasília, livro de memórias em cinco volumes. Era membro da Academia Mineira de Letras.